ROQUE NUNES – AI, QUE PREGUIÇA!

ENCRUZILHADAS

A vida reserva a todos nós, habitantes desta imensa taba chamado planeta Terra oportunidades de escolhas que definem nosso presente e apontam para o nosso futuro, ainda que, nessas encruzilhadas a maioria tenha mais passado que futuro. Porém, essas são ironias da própria existência que sempre está dando uma segunda chave a esse macaco sem pelo e bípede que usa tecido para se cobrir e taba para se esconder.

Neste momento de tempo, da história eu gosto de partir de uma pergunta simples: Quo vadis, Brasilis?, ou em caeté popular…. para onde vais, ó Brasil? Isso porque a história, o destino, a vida, ou Deus colocou diante de nós uma encruzilhada para que escolhamos o rumo a seguir: ou como nação estruturada, ou o retorno à barbárie caeté, onde cada um de nós vai brigar com o semelhante pela parte mais suculenta do Sardinha, de coque em frente a uma fogueira.

No entanto, o mais irônico da situação é que a providência vem dando, várias oportunidades a esta terra de botocudos, principalmente no século XX, quando sabiamente soubemos escolher entre a civilidade e a barbárie, sempre que elas se apresentaram diante de nós.

Politica e socialmente somos uma nação pobre, um agregado de indiaiada bruta, avessa à civilização, inimiga da intelectualidade, opositores do progresso, algozes da ciência, carrasco do enriquecimento individual, tudo em nome de um coletivismo que nos joga a uma forma amorfa, sem identidade ideológica, sem esperanças e sempre elegendo aqueles que mais trabalham pelo progresso do nosso atraso.

O Brasil de 2025 chegou a esse momento de encruzilhada. Pagando impostos extorsivos, nas mãos de agiotas institucionalizados, com uma dívida monstruosa que ninguém quer pagar e o credor também não quer receber. Nessa mazorca de dívida, é mais lucrativo rolar o principal e ir vivendo um “dolce far niente” parasita que reduz a bugrada a um bande pedinte e esmoler estatal.

Todavia está sendo nos dado dezesseis meses para que possamos escolher entre a racionalidade e a reconstrução da moralidade nacional e a salvação de nós mesmos, ou a aceleração rumo à autodestruição objetiva e certa. Todos estamos vendo como estamos fracassando como animais políticos, sociais, culturais, econômicos e morais. Os valores estão invertidos, pervertidos, como se estivéssemos vivendo uma “ópera do absurdo”, a ponto de nossa suprema corte decidir que prova coletada de celular, sem mandado tem valor jurídico, mas apreensão de quatrocentos quilos de cocaína em um avião, não tem, pois não havia mandado judicial para tal.

E nessa ópera do malandro, Lula também está numa encruzilhada, apesar do muito passado que tem e do pouquíssimo futuro que lhe resta. Como mandatário, conseguiu quebrar o país a ponto de já estar faltando dinheiro para comprar combustível. A encruzilhada dele é mais terrível. Resta somente dois caminhos: ou repudia todo esse lixo esquerdista e recupera o país para que este possa ter uma perspectiva de futuro, ou pisa no acelerador e acaba por destruir o país até o fim de 2026.

O resumo dessas encruzilhadas? Em 2027 o poder será entregue passando a faixa verde e amarela para o próximo eleito, ou uma borduna feito de pau de quixaba, e o país, ou verá essa cerimônia sentado em casas, ou em tabas com uma trempe em frente à porta de entrada. Eis a grande encruzilhada que precisamos decidir para onde seguir.

ROQUE NUNES – AI, QUE PREGUIÇA!

LULA SABE

Como faço sempre todas as manhãs, sempre que acordo, após a higiene pessoal, começo a ouvir e ler as notícias sobre a bananolândia e o mundo, principalmente agora, sobre a guerra entre Israel e o regime terrorista do Irã. Vejam bem, eu disse o regime terrorista dos Aiatolás e seus fanáticos, e não sobre o povo do Irã que é, também, vítima de um regime patrocinador de terrorismo mundial e que celebra a morte, dos outros, como objetivo político e de vida.

E, nesse minueto mundial, o governo brasileiro está afundado até o pescoço, na merda, tentando defender o indefensável, colocar-se ao lado de gente que, na primeira oportunidade passaria a cimitarra no pescoço desses mesmos seus defensores, já que, na visão de mundo deles, ou você reza pela cartilha imoral imposta, ou sua vida não vale um dinar furado.

Mas, como na bananolândia tudo o que ruim pode piorar, eu tenho lido e ouvido que, neste caso específico, o nosso ladrão de estimação estaria apoiando o regime terrorista dos aiatolás porque não sabe, ou não conhece o que é aquele regime. E, assim, o apoa, porque aqueles tem um discurso antiamericano. Peço vênia aqui para discordar, até mesmo de jornalistas que eu tenho o maior respeito e admiração. Não, não é desconhecimento, não é antiamericanismo o que Lula faz, é identificação!

É impossível para Lula, tendo diplomatas que se formaram em uma das melhores instituições do mundo em diplomacia – O Instituto Rio Branco não fica nada a dever às melhores escolas de formação de diplomatas do resto do mundo -, como assessores diretos, ou indiretos, não saber e não conhecer o que é o regime teocrático do Irã e seu fundamentalismo assassino. Mesmo Celso Amorim, o aspone responsável pelo aconselhamento internacional e que é o ministro das relações exteriores “de facto” do país sabe disso.

Lula é um malandro político, mas malandro no pior sentido, daquele que está longe de se comparar à figura do malandro que o sincretismo religioso brasileiro condensou na figura do “Zé Pelintra” e Mário de Andrade na figura onipresente de Macunaíma. A malandragem de Lula é a da pior espécie. É torpe, é imoral, é destrutiva e que usa de discursos estropiados, se esses discursos o colocarem em primeiro plano para desviar a atenção de sua incompetência congênita.

Lula sabe sim o que é o regime iraniano. Repito, o regime iraniano e não o povo iraniano. Lula sabe que os aiatolás querem bomba nuclear para matar os israelenses e desestabilizar todo o Oriente Médio. Lula sabe que o regime de Teerã financia e arma terroristas no mundo todo. E, por saber os apoia. Isso revela quem, de fato Lula é. Intolerante, preconceituoso, antissemita, contra a democracia, contra os valores judaico-cristãos que formaram o ocidente, contra a liberdade de qualquer natureza. O comportamento de Lula revela o seu sonho: ter o mesmo poder que Ali Khamenei tem para matar e destruir todos aqueles que não se ajoelham diante dele e digam sempre “sim senhor!”.

Desculpem-me todos aqueles jornalistas sérios e comprometidos com a notícia de que Lula não sabe o que é o regime do Irã. Ele sabe sim, e por isso saber disso ele compromete o país, como um todo, apenas para saciar seu sonho abominável de um dia, quem sabe, ter o mesmo poder que os aiatolás para fazer uma nação, escrava de sua vontade. O pior de tudo é saber que no Brasil há um magote de doidos que, sendo livres, não veem a hora de se tornarem escravos desses regimes abomináveis.

ROQUE NUNES – AI, QUE PREGUIÇA!

SANHA CENSORA

A esquerda brasileira, com sua proverbial preguiça macunaímica, encontrou um aliado de peso para proclamar uma república censora em que só eles devem ter voz, ação e direção para toda a sociedade brasileira. Na prática, tanto a esquerda, seja ela a carnívora, ou a herbívora, aliou-se ao stf – assim mesmo em minúsculo, para homenagear a bagunça institucional deles -, com o claro intuito de proclamar uma “democracia relativa”, em que o povo só tem o direito de votar nos candidatos deles, voltar para casa e ficar calado.

Mas, essa estratégia deles, diga-se de passagem, é um reflexo de dois tiros nos pés que deram ao longo do século XX, e agora precisam, com urgência de leis e instrumentos para calar todos aqueles que os incomodam. Como sabem que a sua sanha censora não passa no legislativo, mesmo com a baixíssima qualidade de nossos mandatários, então buscam guarida em um supremo tribunal que adora ditadura, mandam, mesmo atropelando todas as leis e estão a um passo de proclamar uma república norte-coreana na terra de Pindorama.

O primeiro tiro, dado no pé direito foi aquele movimento que Elio Gaspari chamou de “Ilusões Armadas”, ou seja, a esquerda cultivava o ideário de tomada de poder pelas armas, pelo paredão, pelo fuzilamento, como fizeram os irmãos assassinos Castro e o genocida Che Guevara. Deram com os burros n’água com o movimento de 1964 e foram lamber as suas feridas nos infernos capitalistas da Europa. Não há um ex-asilado daquela época que, defendia o modelo cubano, ou albanês, ou chinês de Estado que foi tirar uma temporada de exílio em Cuba, na Albânia, ou mesmo na União Soviética, ou China. Foram todos para infernos como Inglaterra, Escócia, França, Suécia, Itália. Mas, deixa isso para lá… são apenas queixas.

O segundo tiro, dessa vez, dado no pé esquerdo foi a volta dos mesmos e a mudança de sua prática. Como tomar o poder pelas armas foi uma frustração, abandonaram a lorota de revolução armada e se concentraram na estratégia do carcunda tarado de Roma: Antônio Gramsci. Este dizia, nos seus famosos “Cadernos do Cárcere” a fazer a revolução comunista infiltrando-se nas estruturas do estado burguês: economia, jornalismo, sistema judiciário, executivo, produção, e, de dentro para fora apodrecer o sistema para ele cair, por si só.

Não é à toa a sintomatologia da imprensa nacional, em que há mais comunista do que jornalista, em que as posições ideológicas das redações têm mais espaço que a notícia em si. Mas esses mesmos ideólogos e executores não contavam com o avanço da tecnologia, o surgimento das redes sociais e a pulverização da fonte de notícia e informação. A internet, apesar de seus defeitos e “zonas cinzentas” teve o condão de descentralizar a notícia, a informação e a busca do fato, independente dos militantes de redação.

A esquerda investiu quase trinta anos para formar militantes e infiltrá-los em todos os cantos, tanto da administração pública, das redações de notícias e das famigeradas ONG que vivem dependuradas, como carrapatos, no bolso do pagador de imposto, sugando o suor alheio e defendendo o belo, o bom e o justo, quando na verdade sonham e escravizar uma nação inteira em seus delírios vermelhos.

Da para entender, agora a sanha censora desses cabras, ou será necessário um desenho? São quase cem anos de lutas infrutíferas que deram com os burros n’água. Agora encontraram um supremo para chamar de “seu”, a fim de, finalmente, chegarem ao poder, dar um cala boca no país inteiro e se perpetuarem no poder, até caírem de podre e deixar uma nação arrasada, afora os milhões de mortos que será o resultado inexorável de sua visão de “admirável mundo novo”.

ROQUE NUNES – AI, QUE PREGUIÇA!

SIGAM O DINHEIRO

A guabirutagem più grassa que está sacudindo a nação caeté nessas duas últimas semanas, fortalece a minha convicção de que, a melhor saída para nós, é pedir de volta as contas, espelhos, balangandans e as outras quinquilharias que demos aos índios, arrumarmos nossos sapicuás e voltar para a Guiana Brasileira, esse enclave que está no fim da Europa, ou começo, dependendo do ponto de vista que se vê.

Não está dando mais certo. Quem, em sã consciência acreditou que a volta da quadrilha ao poder, depois de apeada pelo povo, iria ser diferente? Iria resultar em outras soluções que favoreceria todos os Ñambiquaras em suas tabas, em seus roçados e plantações de macaxeira? Quem, por Deus, quem? Até mesmo os doidos com laudo sabiam que do desastre a acontecer, mas nosso espírito caeté, pronto para devorar até as articulações do Sardinha, buscou o desastre, o abismo, o fundo do poço. Salomão, o sábio rei de Israel já dizia: abyssum abyssus invocat!, ou seja, um abismo chama outro abismo.

Porém, se ainda houver um Tupinambá com alguma decência nas fuças deve propor: vamos seguir o dinheiro. Sempre ele. Dinheiro é igual a gato na sala, sempre deixa o rabo de fora. A pergunta que não quer calar é: quem é o maior beneficiário de toda essa ladroagem com o dinheiro de velhinhos aposentados? Gente indefesa, muitas vezes impossibilitadas de assinar o próprio nome, analfabetos, ou com pouca instrução? Foram essas pessoas a vítimas de uma quadrilha que envergonham o PCC, o Comando Vermelho e a Família do Norte. Não sou especialista, mas uma coisa eu garanto, até essas organizações voltadas ao crime têm ética e não assaltariam velhinhos indefesos. Mas o PT e seus satélites fizeram.

Um conselho à Polícia Federal. Sigam o rastro do dinheiro, sigam essa trilha, que igual a trilha de lesma é brilhante à luz do sol e veremos quem é o beneficiário último dessa roubalheira asquerosa feita, mais uma vez neste país de desgraçados analfabetos, mantidos acorrentados na ignorância, no analfabetismo, na pobreza, na indigência, para que aqueles que dizem defender os mais fracos, oprimidos e miseráveis possam assaltar, rapinar, comer a carne, roer e chupar os ossos dessa parcela da população.

Mais não digo porque quero manter o meu réu primário intacto até o final do ano, mas todos os indícios apontam para nove digitais de duas mãos que comanda esta nau dos incensados tentando atravessar o estreito de Drake. Sigam o rastro do dinheiro. Não é coincidência que os administradores desse mega roubo são ligados a guabirus de pelagem grossa, barriga gorda e dentes afiados. Se desta vez o guabiru-mor dessa malta não bamburrar com tanto bilhões, então cairemos na lenda indu da caveira que só se saciou quando um bocado de terra foi posto em sua boca.

Tô desanimado, enraivecido. Meu espírito caeté já está pintado para a guerra com a borduna, o arco, as flechas e o espeto nas mãos. Porém, não acredito que sobrará algum pedaço desse Sardinha para “mim comer”. A rataria está nos postos chaves de comando desta infeliz e amaldiçoada nação. Só nos resta ir embora. Índio, volte para a mata, português, volte para a terra, negro, volte para a África. Isto aqui não deu certo, não dará certo. É uma nação maldita desde sua essência. Para quê insistir em continuar no inferno, se temos, ainda a possibilidade do paraíso?

ROQUE NUNES – AI, QUE PREGUIÇA!

DE SCYLLA A JANJA

Eu não sou o tipo de bugre – caeté é minha nacionalidade, meu espírito e minha fome -, que fica bispando rabo de saia, a não ser que tenha interesse em conhece-lo, tanto no sentido fraterno, quanto bíblico, porém já a alguns dias venho fazendo algumas comparações entre as primeiras-damas, esse estrangeirismo importado lá dos Zistados Zunidos, ou seja, as mulheres dos presidentes que dão plantão naquele prédio horroroso chamado Palácio do Alvorada.

Aí, não dá para deixar de fazer comparações, indo desde os tempos de antanho até a atualidade, observando o comportamento dessas ditas senhoras que, por ter o privilégio de dormir com o mandatário do Executivo federal possuem aquele poder que no Vaticano chamam de gestões auriculares. Pela ordem, assim podemos apresentar:

1 – Scylla Médici – esposa do presidente Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), passou pela presidência com elegância e discrição em relação ao marido. Conta-se que quando foi decorar a Granja do Riacho Fundo para passar os fins de semana, decorou a casa com móveis esquecido nos depósitos e almoxarifados do governo e não gastou um único centavo do dinheiro do povo para o seu bem-estar. Algumas más línguas dizem ainda que ela influenciou o presidente a modificar o trajeto de uma rodovia que iria ser asfaltada e passava próxima às terras do presidente, para que seus bens não fossem valorizados com essa obra. Apoiou projetos sociais e culturais e passou pela vida pública do marido, sem mesmo modificar o tipo de penteado que usava.

2 – Lucy Marcus Geisel – esposa do presidente Ernesto Geisel (1974-1979) como toda descendente de alemães possuía aquela figura de matrona europeia. De acordo com o presidente, Lucy Geisel foi o seu bastião quando este decidia tomar alguma medida, mas isso dentro do quarto de casal, e nem mesmo a filha Amália Lucy sabia o que eles conversavam. Dizem que ela tinha agorafobia, ou seja, medo de lugares com muita gente, e só viajava com o presidente se fosse protocolarmente indispensável. Vivia no palácio ensinando os servidores a fazer receitas que o marido gostava e todas as vezes que o presidente saia do banho, a roupa do dia já estava pronta. A mulher fazia a escolha da roupa.

3 – Dulce Figueiredo – esposa do presidente João Batista de Oliveira Figueiredo (1979-1985) era conhecida como pé de valsa e boa sambista, que gostava de baile e de festas. Afora isso, foi uma mulher elegante, bem vestida e recatada, quando estava em BrasILHA. Mais, não se sabe, dada à sua modéstia.

4 – Marly Sarney – esposa do presidente José Sarney (1985-1990), apesar de parecer uma vovó Donalda, agiu com prudência na condução da LBA. Senhora de sorriso fácil, sempre atrás de um par de óculos escuros, vivia a reboque do marido, de memória tão indigesta. Mesmo assim, não há um só que fale que agiu fora de um rigoroso decoro enquanto o marido comandou a nação.

5 – Rosane Malta Collor – ex-esposa de Fernando Collor de Mello (1990-1992), possivelmente foi o prelúdio de primeira-dama deslumbrada e cafona. Sua passagem por BrasILHA sempre remete àquela famosa cachoeira naquele covil, digo, casa da Dinda, onde se aprontavam as maiores safadezas contra o país. Não deixou lembranças, graças a Deus.

6 – Ruth Cardoso – ex-esposa do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), prontamente uma das intelectuais mais brilhantes que passaram por aquele mausoléu chamado Alvorada. Um intelecto poderoso, uma professora de primeira linha, formadora de grandes nomes da antropologia nacional. Criou o Comunidade Solidária de maneira discreta, e abriu a possibilidade de uma rede de programas e benefícios sociais que perduram até hoje. Eu acho até que o marido se sentia meio encolhido diante do brilho intelectual daquela senhora.

7 – Marisa Letícia Silva – ex-esposa do presidente Luís Inácio Lula da Silva (2003-2010), dessa pode-se dizer que há casos cabeludos envolvendo fortuna vendendo Avon, além de ter desamassado a cara com plásticas e retoques durante o expediente de seu marido. Apesar desse caso, e da vez que mandou o povo enfiar as panelas no orifício fedegoso, nada mais se sabe sobre aquela senhora. Ah, tem os casos dos chifres aéreos que o marido lhe botava, mas isso são fofocas, estou apenas repetindo o que me contaram.

8 – Michelle Bolsonaro – esposa do presidente Jair Messias Bolsonaro (2019-2022), impactante pela beleza, pela cultura e sensibilidade, pode-se dizer que é uma mistura de Jaqueline Kennedy com Catherine Denevue. Seu trabalho com pessoas com deficiência, a atenção que dava às causas dessas pessoas a colocam no mesmo nível de uma Ruth Cardoso. Bonita, elegante, fluente e articulada, ainda revolve o pensamento de muito marmanjo, além de chamar a atenção pela figura longilínea e porte garboso. Uma senhora que este caeté admira.

9 – Rosangela Lula da Silva – esposa do atual presidente Luís Inácio Lula da Silva (2023-2026, se Deus tiver misericórdia de nós), que posso dizer? Todos os dias a vemos se meter onde não é chamada, dar declarações infantis, xingar seus desafetos, ser deslumbrada pelo luxo, gastar o dinheiro do pagador de imposto como se ele caísse do céu, exigir somente o melhor, o mais caro e o mais luxuoso para si, dar uma banana para o brasileiro, ser insensível, não ter empatia com ninguém, ser cafona (eu acho até que o estilista que a veste é o pior inimigo dela), ser possuída de uma inveja oceânica. E mais não digo porque quero chegar ao final de 2025 com o meu réu primário ainda intacto.

E, assim chegamos a esta digressão safada e sem sentido algum, só para vocês sentirem e pensarem em uma coisa: pela primeira dama se conjectura o que são os seus maridos. Alguém quer ser a primeira dama na minha taba caeté?

ROQUE NUNES – AI, QUE PREGUIÇA!

PERDOADOS QUE NÃO PERDOAM

Tomei este título a partir de um artigo do grande jornalista Augusto Nunes, da Revista Oeste e de uma conversa que tive com meu amigo e irmão Marcelo Cestari sobre o que está ocorrendo em Pindorama nesses anos pavorosos e a temática da anistia aos presos políticos do dia 08/01/2023.

O que mais me horroriza é ver como aqueles que foram perdoados pela lei da Anistia de 1979 vociferam e babam de raiva quando o assunto é anistia para os presos e acusados de 2023. Ouço a palavra de ordem dessa canalha…. “sem anistia”!, sempre que se ajuntam em shows pagos com o dinheiro do pagador de impostos, ou financiados pela famigerada Lei Rouanet.

Pode-se fazer um percurso reverso da história até a gênese da lei da Anistia de 1979, quando o general Ernesto Geisel, então Presidente da República, disse, em uma reunião do Alto Comando Militar do país, cinco importantes palavras que viraram a manivela da história para acabar com o arbítrio, com a tortura e com os banidos “lenta, segura e gradativa distensão”. Essas palavras foram ditas, antes mesmo de Geisel impor disciplina às Forças Militares que viviam em estado de reunião sindical, com anarquia e insubordinação constante.

Apesar de ter sido aprovado no governo do general João Figueiredo, a forma final do texto da lei se deveu à maestria intelectual e política do general Golbery do Couto e Silva, o famoso “satânico Dr. Go” Genedow – os mais velhos saberão do que estou falando e dos apelidos que o general Golbery tinha, principalmente nos corredores ministeriais e desvãos do Congresso Nacional.

A lei foi sancionada por Figueiredo, porém, no seu preâmbulo está escrito… “O Congresso Nacional decreta, e eu sanciono”. Ou seja, foi o Congresso Nacional, os representantes do povo – deputados e senadores -, das mais diversas matizes política que buscaram a pacificação do país e a busca de caminhos para o futuro. Anistia significa isso: perdão, mas não esquecimento.

Foi a lei de Anistia de 1979 que permitiu que guerrilheiros comunistas como José Genoíno Neto, terroristas como José Dirceu e Dilma Roussef, além de agitadores como Caetano Veloso, Miguel Arraes, Luís Carlos Prestes, Paulo Freire, Leonel Brizola, Chico Buarque, Betinho, Fernando Gabeira entre outros, pudessem voltar ao país e reorganizarem suas vidas, até mesmo recebendo capilé oficial como indenização pela perseguição estatal. Mas, isso é matéria de discussão para outro texto.

Quem tem mais de sessenta anos deve se lembrar de “Vanda”, nome de guerrilheira de Dilma Roussef, cujo grupo terrorista matou o soldado raso Mário Kozel Filho, o Cuca, que estava tirando guarda na entrada de seu batalhão e foi morto por uma caminhonete cheia de explosivo, sem ter nenhuma participação na violência cometida pelo Estado. Morreu apenas porque era um militar cumprindo serviço obrigatório pela lei brasileira.

Ou mesmo José Dirceu que, treinado em Cuba para ser guerrilheiro e terrorista, achou pesado demais, dada à sua preguiça moral e intelectual, e foi disfarçado, se homiziar no interior do Paraná, como dono de loja de tecidos. Tão logo veio a Anistia, revelou quem era, abandonou a esposa e voltou a São Paulo para ajudar a criar o PT e tentar destruir o Brasil mais uma vez.

São exatamente essas pessoas, anteriormente perdoados pela sociedade brasileira, haja vista o Congresso é uma representação do povo que, na atualidade são os mais intransigentes defensores da não anistia para os injustiçados do 08/01/2023. São os perdoados do passado que nem cogitam a hipótese de perdão para os outros. Isso me faz lembrar a parábola de Jesus sobre o homem que devia mil denários para outro homem, pediu clemência e foi perdoado, mas quando encontrou outro que lhe devia cem denários, não teve a mesma misericórdia. Pegou o devedor pelo pescoço e exigiu pagamento. Quando este disse que não tinha mandou-o para a cadeia, para o sofrimento até receber o que o outro lhe devia.

Observem a crueldade, a ignomínia dessa gente. Buscaram o perdão e foram perdoados pela sociedade brasileira por crimes como assalto a banco, terrorismo, assassinato, sequestro, execução sumária, guerra de guerrilha e outros crimes previstos no Código Penal Brasileiro. Hoje, essa mesma gente vocifera que não há perdão para senhoras com Bíblia debaixo do braço, carregando uma bandeira do país, ou mesmo uma senhora que escreveu com batom na estátua da deusa Dice. Não é hipocrisia. É sadismo puro, é crueldade. São pessoas malignas, mas malignas no sentido bíblico de malignidade, que se liga ao demônio, a antiga serpente, a Satanás. A essência da alma dessa gente é má, destrutiva, perversa.

Diante dessa situação, eu se me peguei perguntando….se essa gente não tem o dom de perdoar e buscar a pacificação da nação, por quê eles merecem o perdão da nação? Por que gente que foi perdoada por crimes previstos na lei penal, na atualidade, com seus corações negros e endurecidos como pedra merecem o perdão dado pela sociedade lá em 1979? Não merecem!

Isso me leva a concluir que precisamos nos mover para, democraticamente, no Congresso Nacional brasileiro, votar pela revogação daquela lei que perdoou gente incapaz de perdoar. É uma questão, não de vingança, ou mesmo revanche, mas de equilíbrio de justiça e de verdade. Se aqueles perdoados que não perdoam, então, também, não merecem o perdão que a sociedade graciosamente deu a eles.

Podem me criticar, ou mesmo me execrar. Aceito qualquer tipo de crítica, até mesmo de exposição pública, mas fico cada vez mais convicto de minha posição, pois a parábola de Jesus também vai nesse caminho. Se alguém que foi perdoado não tem a capacidade do exercício do perdão, então esse alguém não merece o perdão que recebeu.

ROQUE NUNES – AI, QUE PREGUIÇA!

PONTO SEM VOLTA

Este fim de domingo, com minha providencial preguiça caeté, lendo a coluna do grande amigo, potiguara famoso, doutor de finanças e numerários, Maurício Assuero, fiquei-se-me a pensar sobre o dito “inquérito do fim do mundo”, como o ex-ministro supremo Marco Aurélio Mello disse, e a previsível conclusão: a continuar o estado das coisas, esse inquérito será infinito, não poderá parar, pelo menos, enquanto esta geração estiver viva.

E, o motivo é muito simples; o arquivamento do inquérito, na atual fase, em que não vai nem para frente, nem para trás, não significará a desmoralização total do Supremo Tribunal Federal. Desmoralizado o STF já está. O que haverá será a destruição do Poder Judiciário, de sua base até seu topo, e não somente do STF, mas também, do Ministério Público como um todo. Desde o juiz mais desimportante de uma comarca esquecida lá na cabeça do cachorro, no Amazonas, ou mesmo de um municipiozinho mais xexelento de algum grotão perdido nesta imensidão de terra, até o ministro supremo que come lagosta e bebe vinho premiado. E digo, destruição no sentido literal. Nem o general Tito, filho do imperador Vespasiano conseguiu fazer terra arrasada, como o atual inquérito fará, caso seja arquivado.

O problema desse inquérito é que ele chegou a um ponto sem volta. Esquecendo das lições de Sun Tzu na sua Arte da Guerra, os atuais ministros supremos ultrapassaram um ponto sem volta e sem porta de saída minimamente honrosa que faça com que o inquérito seja arquivado e as honras saiam, pelo menos encardidas, pois limpas já não digo mais.

Sun Tzu já dizia, naquela famosa obra que, todas as vezes que um exército for enfrentar outro exército inimigo, e sendo ele mais poderoso, sempre deve deixar uma porta de escape para esse inimigo, pois, caso contrário só restará àquela força, ou a vitória, ou a destruição completa, e nessa situação, ninguém escolherá a destruição, só restando a vitória, mesmo que o seu inimigo seja mais forte, ou em maior número. Esse é o grande erro que os grupos terroristas islâmicos cometem em relação a Israel, e por isso sempre levam fumo.

No inquérito do fim do mundo, segundo Marco Aurélio, os ministros supremos cometeram esses mesmos erros: falaram fora dos autos, fizeram pré julgamentos, deram declarações açodadas (para a minha querida Violante Pimentel), empavonaram-se em entrevistas adolescentes e dirigidas, deixando o orgulho e o ego falarem mais alto que a prudência e a sabedoria, foram a manifestações de moleques irresponsáveis e espinhentos e caíram na mesma esparrelas desses moleques, com o famoso “derrotamos isso”, “derrotamos aquilo”, pronunciaram-se antes mesmo de ler uma linha de um processo.

O Supremo andou e ainda anda por uma ponte e vai destruindo a ponte atrás de si. Dessa forma, fica sem espaço para recuar, ou mesmo sem caminho lateral. Só há um caminho para ele. Radicalizar ainda mais e andar para frente, mesmo sabendo que o abismo está a poucos centímetros de seus pés. Eu não digo que o STF chegou a um ponto de ruptura, haja vista a nossa ética ser muito, mas muito elástica, então esse cordão ainda pode ser espichado.

Ele, o STF, chegou a um ponto sem volta nesse inquérito. Só resta caminhar para frente, rumo à sua autodestruição como instituição. Não há como voltar porque não existe mais essa ponte que o faria recuar. Não há como andar para o lado, pois não existe espaço para isso, nem, como eu disse, para tentar salvar a toga, com algum encardido. A toga já está suja. O comportamento que se percebe é que, só basta aos ministros, enrolarem as togas sujas e enlameadas em seus ternos bem cortados e seguirem em frente rumo à destruição.

Eu não acredito que nenhum desses ministros supremos não tenham lido Sun Tzu. Leram, mas aplicaram, com sinal invertido, as lições daquele sábio guerreiro chinês. O que resta é a autoaniquilação, e não a do outro, a única saída possível. Destruição que vai abalar os pilares da relação entre o Estado e o cidadão pelo resto do século.

ROQUE NUNES – AI, QUE PREGUIÇA!

SURUBÚNDIA

Essoutro dia fiz uma pequena digressão sobre um país específico, o Surubão – aquele que cobra impostos da Suécia, fornece serviços públicos de Ruanda, tem a infraestrutura do Burundi e a segurança jurídica do Afeganistão. Porém, quero me aprofundar em uma nação maior, mais agigantada, a Surubúndia, que, para o espanto geral não é delimitada geograficamente, mas ideológica e mentalmente.

Se formos levar em consideração esse princípio, a Surubúndia é o maior país do mundo, englobando nações ricas, remediadas, pobres e miseráveis. A Surubúndia não se limita a fronteiras naturais, não se conforma a marcos geográficos, mesmo porque é um estado mental, uma armadilha ideológica e um canto confortável que despreza tudo aquilo que a sociedade humana conquistou ao longo dos dez mil anos da História.

É bem provável que antropólogos do futuro, sejam eles humanos, ou mesmo de outras civilizações alienígenas vão se debruçar sobre esse país, sua gênese, evolução e extinção com cara de incredulidade, basbaques ao perceber como os surubundentos, em todo o quadrante mental dessa nação, fizeram tudo o que estava ao alcance para se autodestruírem e destruírem aqueles que não participavam de sua pátria psicológica.

Economicamente, em qualquer quadrante dessa nação, o surubundento era avesso ao trabalho, ao estudo, à Ciência, à lógica mais simples, aos conceitos mais simples de economia que Alexandre Dumas, na obra O Conde de Monte Cristo grafou de forma espetacular: “Trabalhe agora e desfrute depois”. O surubundento, para fugir dessa lógica simples, direta e verdadeira começa a criar desculpas para isso: há uma dívida histórica a ser paga, a sociedade é excludente, é racialmente estrutural, é misógina, só pensa no lucro, nega os direitos básicos, não se importa com a vida que é definida pela cor da pele, é homofóbica, é elitista.

Usa qualquer argumento para justificar sua preguiça, sua desqualificação, sua inapetência para o estudo, para o trabalho, para a excelência. Gosta de viver pendurado em migalhas, em ajuda estatal, sempre deitado em “berço esplêndido”, enquanto aqueles cidadãos, com um gentílico definido pelo seu país, trabalham, estudam, se esforçam, geram riqueza para o surubundento receber, gozando de uma “dolce far niente” vida de segregado.

Educacionalmente, a Surubúndia é avessa ao conhecimento, avessa à ciência, avessa às mais elementares verdades biológicas e sociais do planeta. Tras-antontem vi um surubanhento, aqui mesmo no Surubão, “grávido”. Isso mesmo. Grávido. Sujeito com músculos, barba, mas carregando um filho no ventre. Parei e pensei, na minha proverbial preguiça caeté, que vocês bem conhecem. Ou estou ficando doido, ou esse surubanhento – e aqui uma nota. Surubanhento é o gentílico de quem mora no Surubão e Surubundento, aqueles que vevem na Surubúndia – não sabe, ou não aceita que é uma mulher, pois tirando os cavalos marinhos, e algumas espécie de anfíbios, no gênero humano, apenas mulheres podem ficar grávidas. Fora isso, tudo o mais é gambiarra.

A Educação da Surubúndia é especialista em formar pessoas que, mal consegue ler um texto de dez linhas, mal consegue fazer um cálculo de juros simples, e se for juros compostos, aí esquece. Não consegue definir o que a fórmula H2O significa, acredita que o planeta é uma pizza com bordas recheadas de neve e gelo, sempre culpa o outro por todos os males que ele mesmo escolhe. E, quanto mais avança para o abismo, mais grita que o processo educacional é falho por falta de dinheiro e liberdade. O estudante da academia da Surubúndia grita, ensandecido na defesa de assassinos e degoladores de bebês, se colocam ao lado dos mais cruéis e sanguinários tiranos, sonham com um mundo em que todos são escravos, mesmo gozando de plena liberdade, sabotam meticulosamente o próprio futuro, saem das escolas e das universidades com um nível intelectual abaixo de um chimpanzé.

A política da Surubúndia – esse país gigantesco sem fronteiras geográficas, ou econômicas – é fundada no autoritarismo, no desprezo pelas lições da história, num ideário igualitarista, desde que esse igualitarismo seja para os outros! Nunca para eles. O surubundento sonha ser um Pol Pot, com ideais luminosos, mesmo que para isso tenha que matar todos aqueles que não concordam com sua visão homicida. Sempre estão elegendo aqueles políticos que mais trabalham para o atraso e o não desenvolvimento da Surubúndia, num discurso dito “progressista”, cujo progresso sempre o levam para trás no desenvolvimento humano, social e econômico.

Nas artes, a Surubúndia chega ao ápice de sua ignorância e platitude, se é que se pode chamar de arte o que fazem. Suas, Deus que me perdoe, músicas são de mal gosto, rasas, de uma nota só, com cantores sem um mínimo talento musical, refletindo o gosto dos surubundentos. Seu cinema é acanalhado, pois acreditam que a função deles é ensinar os surubundentos a terem “consciência crítica e política”, enquanto nas nações de verdade, querem apenas entreter o público pagante.

Na Surubúndia o lema é “tudo pode”. Ora, se tudo é livre, então nada é livre, porque sempre haverá uma patrulha politicamente correta, moralmente se achando o ápice da evolução humana, cujo dever é mostrar para os demais como chegar a esse ápice. Aqueles que não concordam devem ser eliminados e apagados da memória.

Assim, lá, em um futuro distante, fico a pensar, em minha proverbial preguiça aceté: quando a humanidade for extinta, quando somente alguns poucos registros em pedras sobrarem, ou vestígios de que, em algum momento houve vida neste pedregulho espacial, haverá arqueólogos que irão pensar: mas que “catzo” esse povo fez para se auto-aniquiliar. Surubúndia, será a resposta que ecoará dos vazios e lugares escondidos nas sombras que restarem nesta pedra espacial.

ROQUE NUNES – AI, QUE PREGUIÇA!

SURUBÃO

É bem provável que, no futuro, arqueólogos, arqueantropólogos, historiadores, pesquisadores de ruínas possam explicar a gênese, evolução e desaparecimento de um país que existiu, naquilo que Henry Kissinger chamou de “uma adaga cravada no coração da Antárctica” e que ficou conhecido mundialmente como Surubão. País que, na visão de muitos historiadores do passado, tinha tudo para ser uma grande potência, mas finou-se com um rosário de mediocridade, derrotas, investimentos pesados no retrocesso e luta encarniçada pela manutenção da ignorância, da miséria e da indigência.

O Surubão é uma mistura de países do globo terrestre. Cobrava impostos da SUécia, prestava serviços públicos de RUanda, tinha a infraestrutura do Burundi e a segurança jurídica do AfeganistÃO. Nasceu no longínquo ano de 1500 a.D, por uma improvável cagada navegacional, mas isso ainda está aberto a discussões, e desde então, o Surubão, a cada troca de marcha, mais levava sua população para o fracasso total.

Politicamente, o Surubão passou por quatro regimes de governo. Foi colônia, de seu descobrimento, até os donos da terra, em um cagaço histórico, fugirem da Europa, chegarem nele e o transformaram em Reino Unido. Passadas as escaramuças por lá, o rei voltou à sua terra natal, mas antes limpou todas as economias em ouro do Surubão e deixou a terra, literalmente quebrada. Em seguida virou Império, e, em uma quartelada por causa de um rabo de saia, virou República, e aí, meus amigos, a marcha para o desastre foi acelerada.

O sistema educacional do Surubão é digno de nota. Basicamente o Estado surubanês pega a criança de três a quatro anos, completamente analfabeta, obriga a família a matricular essa criança em uma de suas escolas estatais, tornando a população refém do Estado, e larga, o agora adolescente aos 17 anos, totalmente analfabeto, fechando um ciclo de mediocridade, militância e ignorância. O estudante da escola pública do Surubão não consegue ler um manual de aparelho celular, não consegue trabalhar com um computador, não consegue ler um texto de dez linhas, mas tem na cabeça todos os argumentos tolos, equivocados e suicidas contra as sociedades liberais. Enfim, é uma pessoa livre, mas que sonha em ser escravo de um regime totalitário.

Na Educação Superior a coisa não é diferente. Já até me disseram que nas universidades públicas do Surubão existe mais militante de ideias suicidas do que filiados de carteirinha do partido comunista cubano, em todo território da Ilha Prisão, mas isso deixarei para os historiadores do futuro.

O Surubão sempre foi hostil à pesquisa, ao desenvolvimento, ao empreendedorismo. Suas universidades, custosas, financeiramente irrelevantes não pesquisam, não produzem conhecimento científico, mas são especialistas em produzir dissertações e teses que louvam aquilo que Mikhail Bakhtin chamou de “baixo material corporal”, ou seja, a bunda. A universidade do Surubão se contentou em nivelar sua qualidade por baixo, lutando diariamente para que, quanto mais desconhecimento, quanto mais ignorância, quanto mais analfabetismo tiver em seus quadros docente e discente, tanto melhor terá cumprido a sua dita, função social.

O sistema de saúde do Surubão, que já foi decantado e louvado por muitos surubanhentos que vivem pendurado em cabides de empregos estatais e possuem planos de saúde privados é outra anomalia. Essoutrodia vi um surubanhento cacarejando em redes sociais, porque se escandalizou com a postagem de um conterrâneo seu que, foi ao hospital na gringolândia e saiu com uma conta de dez mil dólares. Esse surubanhento zurrava dizendo que no Surubão esse disparate não acontecia, afinal a saúde do país era “de grátis” e não explorava o cidadão.

Daí lembrei-se-me da fila de exames que podiam demorar dois anos entre a agenda e a realização, dos corredores dos hospitais do Surubão – aqueles que atendem pelo dito sistema de saúde gratuito, claro – cheio de gente deitada no chão, médicos e enfermeiros suplicando por um milagre, gente morrendo sem assistência médica por causa de doenças provocadas por falta de saneamento básico, educação em saúde, enfim, essas coisas desnecessárias para se levar uma vida, minimamente digna. De fato, o Surubão não é lugar para amadores.

Na política, o Surubão é outro luminar. Apesar da quartelada republicana ter mais de cem anos, ainda o país convive com capitanias hereditárias, coronelismo, caudilhismo e safadeza. A região Nordeste desse país, quem tem tudo para ser o maior polo de hortifruti do mundo, ainda convive com carros pipas, água salobra, deserto que não é deserto, descaso, cabresto político. Milhares de esfaimados e desdentados, sempre aprisionados nas lorotas de que, ao se trocar governo, cairá chuva de jabá, correntezas de jerimum, picanha, cerveja, farinha de puba, entre outras coisas.

O Surubão atingiu seu estágio de arte quando sua mais alta corte de “justiça”, tirou um prisioneiro, triplamente condenado por corrupção ativa e passiva, ladroagem da grossa, gatunagem de todos os tipos, rapinagem a ponto de não perdoar centavos e o colocou na cadeira de mandatário geral. Mais um passo para o desastre.

Mas, tudo isso deixo para que pesquisadores do futuro revolvam isso. Talvez, esse texto mixuruca, sem vergonha mesmo, possa, quem sabe, servir de pontapé de partida para que melhor se analise essa anomalia política chamada Surubão.

ROQUE NUNES – AI, QUE PREGUIÇA!

ZÉ BENEDITO

Para Nonato

Zé Benedito era famoso em Codó. Bem apessoado, galanteador, cheio de mesuras e dado a fazer fosquinha para todo rabo de saia que visse pela frente. Enfim, era o abatedor-mor da cidade. Sempre dizia com sua voz galã das ribaltas que não importava o tipo de mulher, desde as novatas de ofício, passando pelas donzelas militantes, até mesmo aquelas com cara de jenipapo de gaveta que macaco brincou com ele.

– Seu compadre…. quem perdoa é Deus. Comigo, caiu na mira da lazarina, leva chumbo!

Emboramente fosse pândego nas artes do pega-embaixo-e-olha-praver-se-não-vem-gente, era bastante querido em Codó. Encantava pelo seu educativismo, pela fala macia igual dobradiça azeitada, prestativo, devocioneiro e respeitador de família. Contradição, mas são coisas dos ermos, de cidade em que até o bugre mais desecudado tem receio de entrar.

Pois, se mudou para a cidade a Izildinha. Galega charmosa, com seus avantajados, tanto na parte superior, quanto nas subalternas. O olho mofino de Zé Benedito foi encalhar justamente nessas partes subalternas, a ponto dele em comício de beiço de boteco, garantir aos amigos, em discurso que mais parecia despacho de desembargador, que aquela ali, já estava na alça de sua mira.

Para dar início aos seus ataques foi se apresentar à moça como manda as regras do galanteio. Nesse dia resolveu dar um arremate na sua pessoa. Correu na botica do Major Juju Bezerra, arrematou toda uma sociedade de sabonetes, um comício de pasta de dentes e quase toda a água de cheiro. Em casa, fez a barba, esfregou os dentes, tomou banho demorado e encharcou o sovaco com água de cheiro e foi cortejar a menina Izildinha.

Essa penitência de todas as sextas fazer o mesmo martírio levou seis meses, e a menina, apesar de ser suspeitosa, de receber visitas mofinas altas horas da noite, mais instigava Zé Benedito a solicitar em modos corteses, os fofinhos e escondidos da mocinha. A turma em que ele andava vivia mangando do coitado do Zé Benedito nessa labuta de ser obra de Santa Ingrácia, de nunca terminar.

Lá chega o dia e a moça cede aos seus encantos e galanteios. Zé Benedito saiu mais alegre que negro forro de cativeiro. Pra comemorar o acontecido que se assucederia na noite seguinte, chamou os amigos pra se gambá dos acontecimentos. E, nessa gambação mandou o bolicheiro descer cachaça, cerveja, licor, vermute, carne assada, frango de cabidela, torresmo, farofa, queijo coalho, azeitona, ovo de codorna em conserva, em comemorativo com os comparsas.

Dia aprazado, Zé Benedito mais elegante que um lorde, todo embonecrado da sola da botina até o chapéu, lenço avivado na água de cheiro, cabelo avaselinado, foi ao encontro da moça. Nem bem começou a armar o acampamento, sentiu uma fisgada na entrejunta do baço com o pâncreas, um bululu nas tripas e um arrepio que começou na carcunda e desceu até o dedo mindinho.

Todo sem graça, pediu licença e foi se despachar no reservado da moça. Bucho aliviado, foi ensaiar nova investida e novo movimento das entranhas. A mocinha, toda esperançosa, com cara de alma penitente pedindo uma ave maria, deitada estava, deitada ficou. Lá pela quarta chamada ao reservado, Zé Benedito pediu bandeira branca, desculpou-se, desarmou o acampamento e foi embora.

Três dias depois estava Izildinha na praça da cidade mais duas amigas suspeitosas também quando passa o Zé Benedito e dá um olá para as meninas e uma especial atenção à Izildinha.

– Nossa!, que pedaço de homem, obtemperou uma das amigas, reparando o olhar de Zé Benedito para a Izildinha.

– Ahã! Exclamou a moça. Me cantou durante seis meses só pra ir cagar lá em casa.