DEU NO X

DEU NO JORNAL

LIDERANÇA ABSOLUTA

A pandemia de covid-19 não interrompeu os pagamentos feitos pela União para custear serviços prestados a ex-presidentes da República.

Cada um tem direito vitalício a uma equipe de até 8 assessores e à cobertura de gastos com passagens, diárias desses funcionários, combustível, seguro e manutenção de 2 veículos.

Solto depois de passar quase 2 anos preso por condenação na Lava Jato, Luiz Inácio Lula da Silva liderou esses gastos de janeiro a outubro de 2020.

A despesa com o petista somou R$ 790 mil no período.

Desse valor, R$ 249,8 mil foram com diárias e passagens.

* * *

Ceguinho Teimoso está certíssimo: Lula é o líder em tudo!!!

O ex-presidiário está sempre à frente.

Como costuma dizer minha vizinha Maria Satanás, militante petista ferrenha, Lula é o número 1.

No presente caso, ele é bem mais que o número 1.

Ele é o número 790 mil.

JESUS DE RITINHA DE MIÚDO

FLOR CAFÉ

És maravilha de encanto
Em canto, versos e prosa
Bebida maravilhosa
Para o meu paladar santo.
Quero cobrir-me com o manto
Do teu cheiro, teu sabor
Aquecer-me em teu calor,
Ao acaso fumaçando
E caso o caos ajudando
Quero te chamar de amor.

Quero sentir teu olor
Despertalar teu segredo
Um a um, logo!, bem cedo
Quero cheirar tua flor.
E se abençoado eu for
Tua pétala mais discreta
Guardarei na mais completa
E perfeita discrição
Pondo cor no coração
Deste teu pobre poeta.

DEU NO JORNAL

SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO

A PALAVRA DO EDITOR

DORIA APOSTOU TUDO NO CAVALO ERRADO E DEVERIA RENUNCIAR

Humanos podem sempre errar. Somos falíveis. Pessoas bem intencionadas erram o tempo todo, e buscam aprender lições, consertar os rumos, melhorar. Não é o caso do governador João Doria nessa lamentável divulgação do Butantã, de que a eficácia da coronavac é de apenas 50,38%, no limite da aprovação pela Anvisa e OMS.

Doria vem monopolizando a fala em nome da ciência desde o começo, politizando a pandemia de olho em 2022. Apostou todas as fichas na vacina chinesa, desqualificou quem desconfiava da origem (uma empresa acusada de corrupção numa ditadura sem transparência) e chegou a marcar data do começo da vacinação, ignorando os passos necessários para sua aprovação.

Em suma, Doria virou um garoto-propaganda da vacina, chegando a colocar outdoor em Mato Grosso do Sul. A Anvisa tinha apenas uma forma de demonstrar sua imparcialidade técnica: aprovar a vacina. A mídia doriana logo começou a enaltecer o governador de SP enquanto demonizava o presidente Bolsonaro, seu jogo sujo desde o primeiro dia da crise.

Pois bem: de 100% de eficácia a coisa caiu para menos de 80%, depois para 60%, e agora se chegou a esse patamar mínimo, que passa raspando pelo critério técnico. Os tucanos que festejaram, sem qualquer apreço pelo verdadeiro método científico e pelo necessário ceticismo, estão hoje em silêncio, desejando apagar da nossa memória mensagens antigas. Mas estamos aqui para refrescar a memória de todos:

Os apressadinhos falam tanto em nome da ciência, ciência, ciência, mas esquecem que a ciência se faz com desconfiança, paciência e prudência, não com confiança cega em autoridades ou na mídia. Quem confia cegamente numa ditadura chinesa, aliás, é o típico gado, que se oferece para ser cobaia e ainda chama de “negacionista” aquele mais racional. Mas a “assessoria de imprensa” do Doria segue tentando vender o peixe podre:

Ora, isso é ciência, por acaso, ou fé cega? Ag0ra imaginem só se essa “confusão” (empulhação?) toda fosse no governo federal, e não com o governador queridinho da mídia. Qual seria a reação da imprensa? Se continuar assim, a “vachina” será apenas um placebo arriscado em breve! Aliás, um pesquisador usou os dados oficiais e chegou à seguinte conclusão:

4653 voluntários foram vacinados; 85 dos vacinados foram infectados; 4599 voluntários no placebo; 167 do grupo placebo foram infectados; usando esses dados, a eficácia global seria de 49,7%, inferior ao limiar de 50% da Anvisa e OMS.

VAR JÁ! O mínimo que se espera de quem preza pela saúde da população é cobrar uma nova rodada de pesquisas antes de liberar uma vacina nessas condições suspeitas. Os tucanos da mídia estão afirmando que “bolsonaristas” comemoram a notícia ruim e torcem pelo vírus. É inversão leninista, as usual. Atacam os outros diante de um espelho, esses pandeminions. O fato é que Doria apostou tudo no cavalo errado, e tentou impor sua vachina sem qualquer comprovação.

Sobre os casos graves, há um “detalhe” espantoso: foram sete pessoas testadas apenas. SETE PESSOAS! Lembram da turma dizendo que os vários estudos com cloroquina, em milhares de pessoas, eram “inconclusivos”? Não é difícil entender por que agora dizem que não devemos ser tão científicos assim. E isso foi dito pelo secretário de Saúde do governo Doria!

O que a gestão Doria fez com a credibilidade do Butantã é algo criminoso. Diante do ocorrido, só há uma coisa sensata a fazer: levantar a hashtag #ForaDoria e exigir a saída do governador imediatamente do seu cargo. Doria deveria renunciar já!

DEU NO JORNAL

VOTO CONFIÁVEL

Alexandre Garcia

Os acontecimentos em Washington enviam uma forte mensagem ao Brasil: eleição precisa ser 100% confiável, sem restar dúvida de fraude. Aqui, na eleição presidencial de 2014, Dilma ganhou de Aécio por 3% – 54 milhões a 51 milhões. Isso fez com que o PSDB pedisse ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) auditoria nas urnas eletrônicas, porque desconfiava de fraudes.

Ao cabo de um ano, o líder do PSDB dep. Carlos Sampaio, ao apresentar o resultado, reclamou: “O sistema não está projetado para permitir auditoria externa independente e efetiva de resultados.” O relatório fez sugestões para evitar desconfianças futuras. Entre elas, a do comprovante impresso.

Cinco meses antes, em junho de 2015, a Câmara já havia aprovado, por significativos 433 x 7 o comprovante impresso do voto digitado na urna eletrônica. E já era a terceira lei exigindo o comprovante. A primeira fora em 2001. O presidente FHC sancionou o projeto, de iniciativa do Senador Roberto Requião, do PMDB. Na época, Brizola e seu PDT desconfiavam da urna eletrônica. Na eleição seguinte, em 2002, o comprovante ficou só na experiência em 150 municípios.  Em 2003, a lei foi revogada por pressão da Justiça Eleitoral.

Em 2009, Flavio Dino(PC do B) e Brizola Neto(PDT) propuseram de novo e a segunda lei foi aprovada. Lula sancionou, mas foi revogada pelo Supremo e não vigorou na eleição de 2014, quando o PSDB perdeu e pediu auditoria. Impulsionado pela insatisfação dos tucanos e pelos movimentos de rua, o deputado Jair Bolsonaro conseguiu a aprovação da terceira tentativa, a dos 433 votos na Câmara e maioria no Senado. A presidente Dilma vetou alegando custo de 1,8 bilhão, mas o Congresso derrubou o veto com 368 deputados e 56 senadores. O comprovante impresso do voto eletrônico teria que estar nas eleições gerais de 2018.

Mas, contrariando a vontade reiterada dos representantes do povo no Congresso Nacional, o então presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, e então a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, decidiram que não haveria tempo para aplicar na eleição de 2018 e que o comprovante seria desnecessário.

Em junho passado, o ministro Gilmar Mendes concedeu liminar suspendendo o comprovante. Em setembro último, o plenário virtual do Supremo, por nove votos, considerou a lei inconstitucional por risco contra o sigilo do voto ou por necessidade de mais tempo para implantar. Ironia: no placar sobre respeitar a força do voto, 424 representantes do povo – 71% do Congresso – perderam. Primeiro para um; depois para nove ministros do Supremo.

MARCELO BERTOLUCI - DANDO PITACOS

A FORD VAI EMBORA

Nos anos 90, o governador do Paraná, Jaime Lerner, criou uma política de incentivos ficais para trazer indústrias para o estado. No setor automotivo, ele conseguiu que a Renault, a Volkswagen e a Chrysler instalassem fábricas aqui, recebendo vantagens no pagamento de impostos.

O governador seguinte, Roberto Requião, logo que assumiu “comprou briga” com as três. Fazia discursos populistas dizendo ser absurdo o coitadinho do pequeno empresário ter que pagar impostos enquanto as multinacionais malvadas não pagavam. Prometeu que iria mudar isso.

Certo dia, chegou na sede da Renault junto com um bando de secretários e aspones, para uma reunião com os diretores da montadora. Repetiu o mesmo discurso. Quando terminou, um dos diretores da Renault respondeu calmamente: “Senhor governador, uma fábrica como a nossa exige constantes investimentos para manter-se moderna e competitiva. O custo do terreno e da prédio em si são ínfimos diante do custo dos equipamentos. Agora, se o governo do Paraná não pretende cumprir o contrato que assinou com a Renault, nós cancelaremos os reinvestimentos nesta fábrica e usaremos o dinheiro para construir outra, mais moderna, em outro lugar. Daqui a dois anos fechamos esta e nos mudamos para a nova, e isso não nos custará um centavo a mais.”

Dizem que a cara de bunda do governador Requião foi algo épico. Ele olhava para seus assessores em busca de uma resposta, mas todos apenas balançavam a cabeça como quem diz “é isso mesmo”. Restou levantar e ir embora. A Renault continuou sem pagar impostos, como previa o contrato.

Tudo isso, claro, tem a ver com o anúncio da Ford de fechar suas fábricas no Brasil. Afinal, isso é bom ou ruim?

Na modesta opinião deste pitaqueiro, é bom.

A indústria de automóveis é viciada em incentivos e benefícios. Pelo seu tamanho e por ter um produto que mexe com os sentimentos básicos das pessoas (o sonho do tal do “carro novo”), as fábricas desfrutam de um prestígio e um poder que lembram os antigos “senhores de engenho”. A explicação que o diretor da Renault deu é correta: nos tempos de hoje, os equipamentos de uma fábrica ficam obsoletos em poucos anos, e precisam ser trocados. Instalar os novos no local dos antigos ou em outro, dá quase na mesma (na verdade, em muitos casos é mais fácil e barato construir uma fábrica nova a partir do zero do que trocar as máquinas de uma unidade em funcionamento). Com esta facilidade de trocar de endereço, e mais o apoio da opinião pública, que vê uma fábrica como uma espécie de “vaca sagrada” que deve ser paparicada e protegida, as indústrias estão sempre chantageando o governo em busca de mais incentivos e facilidades.

Se esse fenômeno é mundial, o Brasil o leva ao absurdo: embora não exista nenhuma indústria “brasileira”, as estrangeiras aqui instaladas gozam de privilégios que não existem em nenhum outro país civilizado: o mercado é praticamente reservado para elas. As importações, ínfimas, existem apenas para atender à classe mais alta, que não se importa de pagar extorsivos impostos de importação (na verdade, até gosta: o alto preço mantém a aura de “exclusividade” que é um critério importante na compra, como acontece na indústria da moda). O resultado é que pagamos caro para ter carros ruins. Isso prejudica a todos, e não apenas no aspecto da satisfação pessoal; pensemos em quantas oportunidades são perdidas por pessoas que poderiam trabalhar em determinada coisa mas não conseguem porque não conseguem obter (e manter) um carro para se deslocar.

Nossos governos sempre acreditaram que o progresso de um país depende de apertar parafusos, não do conhecimento técnico. Por isso, nunca se preocuparam em criar tecnologia ou em ter capacidade de desenvolvimento própria; se preocuparam, isso sim, em obrigar as empresas estrangeiras a montarem seus produtos aqui, algo que foi levado às últimas consequências na vital área da informática, onde uma estúpida reserva de mercado isolou o país do caminho do progresso por quinze anos. O motivo principal, além da simples burrice e de um nacionalismo tosco, é provavelmente a conveniência de criar um grupo de empresas privilegiadas que sabem ser gratas aos políticos que criam os privilégios.

E qual seria a alternativa? Bem, para começar, o Brasil tem provavelmente o maior potencial de produção de alimentos do mundo. São milhões de quilômetros quadrados de terras férteis e com boas chuvas, algo que não pode ser movido de um lugar para outro como uma fábrica. Mas ganhar dinheiro com agricultura e pecuária implica em exportar, e politicos não gostam muito da idéia, porque o mercado externo não pode ser controlado por eles. Isso, combinado com um pensamento “isolacionista” que prospera com facilidade em mentes fechadas, fez com que o Brasil se dedicasse a repetir o mantra de que comércio exterior é ruim, bom mesmo é mercado fechado e “protegido”. De tanto tentar, conseguimos ficar nos últimos lugares dos rankings de comércio mundial: em 2017, segundo o World Bank, entre 178 países estávamos em 176º, ou seja, ante-penúltimo, ganhando apenas de Sudão e Nigéria.

Já posso ver meu leitor pensando “mas meu professor disse que um país não pode se desenvolver exportando commodities, precisa exportar produtos com valor agregado!”. Sim, eu sei que a doutrinação é intensa e vai do jardim-de-infância até a faculdade. Mas vamos pensar um pouco.

Em primeiro lugar, alguns exemplos: Chile, Nova Zelândia, Austrália. Todos muito melhores que o Brasil em desenvolvimento econômico e social. O Chile exporta cobre e vinho. A Nova Zelândia, ovelhas. A Austrália exporta carne bovina, lã e carne de ovelha, carvão, gás natural e minério de ferro (e vinho também). Nenhum deles tem sequer uma única fábrica de automóveis. Os três exportam commodities (e são bons nisso) e com o dinheiro compram o restante de quem sabe fazer melhor. Nenhum dos três importa carros do Brasil, por exemplo; importam Toyotas do Japão e BMWs da Europa.

Em segundo lugar, se exportar produtos com alto valor agregado é bom, quando é que vamos começar? Porque hoje não fazemos isso, e não fazemos por um motivo simples: não temos competitividade. E porque as indústrias daqui iriam se esforçar para ser competitivas se têm o mercado interno reservado para elas, podendo vender produtos de qualidade inferior pelo preço que quiserem? A verdade é que o povo brasileiro é obrigado a pagar caro em nome de algo que não existe, que é a competitividade de nossa indústria, que por sua vez está desde 1808 pedindo “só mais um pouquinho” de privilégios, e prometendo que a sonhada competência demorará “só mais um pouquinho” também.

Meu leitor deve estar pensando em outro argumento: “mas a indústria é necessária para gerar empregos!”. Outra falácia. Gerar empregos é a coisa mais fácil, e ao mesmo tempo mais inútil do mundo. O que uma sociedade deve fazer, se quiser prosperar, é gerar VALOR, ou seja, produzir algo pelo qual as pessoas, voluntariamente, queiram pagar. Sem gerar valor, um emprego é simplesmente tirar dinheiro de um para dar para outro, mas criando um faz-de-conta para não parecer esmola. Qualquer governo pode acabar com o desemprego do dia para a noite, com uma canetada. Se o governo proibir os carrinhos-de-mão, surgirão milhares de empregos na construção civil para carregar coisas nas costas. Se o governo proibir os tratores agrícolas, milhões de pessoas terão um emprego, de enxada na mão. O governo pode obrigar todo prédio a ter dez porteiros, pode obrigar cada ônibus a ter cinco cobradores, pode colocar um guarda de trânsito em cada cruzamento, com apito e tudo. Mas isso não resolverá nada porque, de novo, se o emprego não cria valor, ele é inútil, é um desperdício. Se o emprego não cria valor, o pagamento dele terá que ser tirado de algum outro lugar; isso é destruir riqueza, não construir. Em outras palavras, é obrigar duzentos milhões de brasileiros a pagar mais caro por tudo para dar dinheiro a pessoas improdutivas de uma forma mais hipócrita e menos eficiente do que se eles recebessem para não fazer nada.

Em suma, os australianos decidiram que não são bons em fabricar carros, mas sim em criar bois. Eles com certeza estão mais prósperos que nós. Está mais do que na hora de olharmos seriamente para nosso país, descobrirmos em que nós somos bons e decidirmos, afinal, o que vamos fazer de nossas vidas.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

LUIZ CARLOS – RIO DE JANEIRO-RJ

Meu patrício Editor Berto.

Publique, se possível, essa pérola de fado: “No cume da serra”

Para homenagear aqueles sinistros que praticamente moram lá nas terrinhas portuguesas. Não é verdade?

Devem estar aproveitando o friozinho de lá, no mês de janeiro.

Fugindo do calor insuportável, daqui das “terras de além mar”.

Até mais ver, nosso Camoniano, Berto!

A PALAVRA DO EDITOR

IMPACTOS

A ideia de transformar o meio ambiente, via utilização de matérias em disponibilidade é antiga pra chuchu. Vem desde os tempos remotos. No entanto, sobressaltado e cabreiro com tantas notícias desastrosas, o mundo procura buscar alternativas para esquecer as dificuldades. Vencer os obstáculos que sempre aparecem, inesperadamente.

Acreditando na esperança de sucesso, o empreendedorismo entrega-se às pesquisas para encontrar saídas viáveis. O caminho tem sido através de estudos planejados, visando vencer barreiras, obter provas de que nem tudo está perdido. Apesar da descrença generalizada nas políticas públicas, que no Brasil são deficientes. Merecedoras de críticas.

Embora a sociedade mundial não acredite, mas os registros comprovam que, anualmente, crescem as diferenças em dois importantes temas. Pesquisa e Desenvolvimento. Tradicionalmente chamado de P&D, pesquisa e desenvolvimento é o tipo de estudo que direciona os negócios dentro da lógica. Afinal, negócio não é jogo de loteria, cujo acerto depende da sorte.

Quem pensa em crescimento, para evitar dissabores, submete-se a uma série de fatores. Conhecimento de mercado, preço baixo, qualidade do produto, viabilidade econômica, rapidez no atendimento e projeções inovadoras.

Evidente que para levar projetos adiante, dois fatores são fundamentais. Recursos humanos e financeiros. Dominados, estes dois itens possibilitam conhecer o conceito sobre a originalidade do produto, a aplicabilidade, a relevância, a concorrência, o comportamento das leis mercadológicas, e, sobretudo, o modo de verificar a possibilidade de expansão.

Compete à área de Pesquisa e Desenvolvimento a responsabilidade de checar todo tipo de informação para captar a capacidade de mercado, o foco da clientela, a tecnologia empregada na exploração comercial, as possíveis inovações para despertar o consumo, sugestão para entrar de frente com novos investimentos e, finalmente, descobrir as possíveis tendências na concorrência.

O maior problema de muitos países relaciona-se com a estagnação da produtividade do trabalho e da redução da renda. Culpa do ensino de baixa qualidade.

O Brasil, a Rússia e a África do Sul são vítimas da estagnação econômica desde 1980, ao contrário da China e da Índia que obtiveram crescimento no período. Outro detalhe de significativa importância, é que em toda a América Latina, o Chile é o único país a registrar boa performance entre 1980 e 2010.

Por outro lado, no cômputo geral, a Coréia do Sul tem mostrado raça nas pesquisas de desenvolvimento que apontam o enquadramento deste país como nação desenvolvida.

No entanto, o surpreendente é constatar que no quesito depósito de patentes, o crescimento mundial tem sido pequeno e a tendência de aumento preocupa, em virtude da timidez nas pesquisas.

Com relação ao Brasil, o fator preocupante é concluir que, se não fossem as universidades, quase não existia produção de patentes e de inovações. Sinal de que o país anda muito devagar, bastante atrasado na evolução de pesquisas industriais, principalmente no setor privado.

Aliás, nesse campo, está claro que as empresas ainda não despertaram para a importância das pesquisas. Preferem contratar os órgãos públicos, funcionando atrofiados e com aquela contumaz lentidão.

O fato é comprovado nas estatísticas que mostram o atraso brasileiro na área da base técnico cientifica. Os levantamentos são vergonhosos. Mostram que o contingente de brasileiros sem instrução, quase se equipara à quantidade de pessoas diplomadas no ensino superior.

Por outro lado, os dados relacionados às pessoas com fundamental incompleto são altíssimos. É muito estudante fugindo dos estudos, antes da conclusão do curso, por motivos diversos. No secundário, o Brasil também ainda não valorizou o ensino como realmente deve ser administrado. A formação de doutores, com curso de doutorado, é baixa, permanece insignificante para a grandeza do país. Daí, quase não aparecer cientista brasileiro, capaz de apresentar impacto intelectual na produção científica do cenário global.

Sinal de que as universidades brasileiras continuam carentes de autonomia, governança, financiamento e bom desempenho no ensino, na pesquisa e também no relacionamento perante a sociedade.

Graças ao empreendedorismo, o Brasil tem melhorado de situação. Desde que o Sebrae entrou no circuito, os impactos têm melhorado. Embora os desafios a vencer sejam enormes. O motivo é a pequena quantidade de empresas, mesmo de pequeno porte, que se instalam no país, comparado ao excessivo número de pessoas sem trabalho.

Também pudera! Empreender no país não é uma tarefa fácil. Se bem que cresce a quantidade de pessoas que entram no ramo dos negócios.

Em 2017, existiam 52 milhões de brasileiros metidos em negócios. Figurando como franqueados, sócios de empresas ou então como investidores, seja direta ou indiretamente.

O que atrapalha é a burocracia. O porrilhão de documentos que o interessado tem de tirar nas repartições públicas, no âmbito federal, estadual e municipal, desestimula. São alvarás, inscrições, autorizações, registros em cartórios, guias e outros documentos necessários para autorizar o funcionamento da empresa. Mesmo de pequeno porte.

O sistema de tributação é outro entrave desencorajador. O entrave é enorme. Além de taxas, a tributação envolve IRPJ, CSL, PIS, COFINS, CPP, IPI, ICMS e ISS. Caso o empreendedor não siga na linha, recebe pesadas multas. Isso, sem contar com os encargos sociais do trabalhador, rodeando o salário, como o 13º, férias e o FGTS.

Toda vez que o capitalista empreende, a economia sente positivos impactos. Gera produção, cria emprego e renda, traz inovação para o mercado, melhora a qualidade de vida da sociedade, implanta um estilo de sustentabilidade. O benefício é sentido nas comunidades, cidades, regiões e na economia do país, sob o selo de motivação.

No entanto, como o Brasil é gigantesco em extensão, mas pobre de recursos financeiros, existe um enorme buraco sugando a tranquilidade das famílias de baixa renda. São 168 milhões de pessoas, segundo o IBGE, sofrendo pressões sociais, em função da carência nos serviços básicos, como educação, saúde, moradia, emprego e saneamento.

Está na hora do país entrar com gosto de gás na aprovação de projetos causadores de impacto social.

Projetos de impacto social são aqueles, cuja finalidade é promover efeitos econômicos, sociais e culturais entre pessoas de uma comunidade. Transformar de forma positiva o mundo em sua volta, de modo a instaurar mudanças.

Exemplos de impacto social: erradicação da pobreza, fome zero, oferta de boa saúde e bem-estar à população carente, educação de qualidade, água potável, saneamento, energia limpa e, especialmente, trabalho decente.

Com a pandemia do coronavírus, então, que castigou a economia brasileira em demasia, a situação, que não estava boa, piorou. A bagunça provocada pelo vírus é sentida no consumo, na inflação, no desemprego, na dívida pública que estourou a boca do balão, além de chafurdar também nos setores produtivos. Deixando a economia brasileira de calças curtas, mostrando sequelas, desarmonias e muito disse me disse. Sem fundamentos.

Até a taxa da inflação de 2020 disparou para 4,52%, passando a meta estimada. Parece querer perseguir o alto índice de 2016, que atingiu 6,29%.