O sonho de toda pessoa é viver mais. Quantos mais tempo passar na Terra, rodopiando entre os seres vivos, desfrutando da atenção de amigos, ótimo. Quanto mais anos puder comemorar, melhor.
Não importa a idade, porém quanto mais velho o cidadão partir para o plano superior, beleza. Esta é a vontade geral, lógico.
No mundo, a expectativa de vida é variável. Depende de uma série de fatores. Questões estratégicas são levadas em consideração. A lista de critérios é extensa.
São analisados os critérios geográficos, demográficos, econômicos, sociais, militares, onde é analisada a quantidade de armas de fogo per capita, e por fim os critérios relacionados ao meio ambiente.
Nos países onde a população costuma envelhecer, passar da média de idade, os governos priorizam os investimentos em programas de saúde para atender os velhinhos nos momentos de necessidade. Já nas nações onde a predominância dos habitantes é constituída de jovens, compete às autoridades investir mais em educação para garantir um futuro melhor à juventude e consequentemente robustecer a economia local, tirando proveito do conhecimento intelectual dos jovens e de sua habilidade profissional.
Na mulher, há um detalhe impressionante. No sexo feminino, a expectativa de vida é maior do que a do homem. Geralmente a mulher morre mais tarde, segundo as estatísticas. Enterra os parentes masculinos, embora sinta na pele a dor da perda dos entes queridos.
De acordo com análise feita pelo Departamento das Nações Unidas de Assuntos Econômicos e Sociais (DESA), da ONU, para o período 2005/2010, o quadro de expectativa de vida no geral apresentava a seguinte composição. Evidentemente que, atualmente, a expectativa de vida é outra bem diferente.
No Japão era de 82 anos. Na Suíça, 81 anos. Na Suécia, 80 anos. Na Alemanha, 79 anos. No Brasil, 72. Na Rússia, 67 e em Serra Leoa, país da África Ocidental, a média de expectativa de vida era de apenas 46 anos.
No estudo, ficou constatado que Serra Leoa era o país com menor expectativa de vida no mundo. As causas eram derivadas dos problemas econômicos e sociais que forçam o país apresentar um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) mundial. A pobreza extrema, vivida por 70% da população de Serra Leoa, aliada aos problemas familiares, levam a juventude a viver delicadas situações de vida.
Com relação ao Brasil, o IBGE analisou a situação referente à expectativa de vida do brasileiro e concluiu que, para o ano de 2015, a média de vida foi de 75 anos. Já em Portugal, a Organização Mundial de Saúde definiu a base de 81anos, realçando a esperança média de vida dos portugueses.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), aprovado os estudos feitos pela Universidade de Tóquio, as razões que aplicam a longevidade na população nipônica são diversas. Dieta equilibrada, educação, cultura, política, economia e, sobretudo, a higiene diária das pessoas. Quer dizer o japonês leva o modo de vida seriamente.
Nem sempre, o japonês gozou de tanta expectativa de vida. Foi a partir da década de 50, quando o país implantou um sistema de desenvolvimento acelerado, que a situação melhorou significativamente.
O início da reviravolta no país do sol nascente começou em 1961. Os maciços investimentos feitos pelo Japão nos programas de saúde pública para combater gratuitamente a tuberculose e as infecções intestinais, além da intensificação das campanhas de vacinação em massa repercutiu na saúde do povo.
Com essas medidas, diminuiu bastante a quantidade de mortes por AVC-Acidente Vascular Cerebral. Outros benefícios que fortaleceram a saúde do japonês vieram através do controle da pressão arterial, dos conselhos para a redução do sal na comida e da utilização de melhores tecnologias de custo-benefício para a saúde, como medicamentos anti-hipertensivos fornecidos pelo sistema de saúde do país.
O lado negativo do programa de governo, com a preocupação de manter a população saudável, foi o desequilíbrio populacional. A quantidade de idosos aumentou exageradamente, fazendo com que o envelhecimento das pessoas se transforme num verdadeiro desafio para o sistema de saúde do Japão. Afora a expansão de vícios como alcoolismo, tabagismo e suicídio. Estes, decorrentes do desemprego e das crises econômicas prolongadas.
Com relação à China, há um detalhe interessante. Em 2015, a expectativa de vida do povo chinês era de 76 anos. No entanto, no sul da China, na província de Guangxi, fronteira com o Vietnã, se localiza o Condado de Bama. A aldeia, de repente, ganhou fama mundial por ser eleita como a terra dos centenários. A curiosidade elegeu Bama como a capital da longevidade do povo chinês. Então, pra comemorar o feito, batizou Bama como a terra da promessa de vida longa.
Graças ao clima de montanha e à purificação da água, as pessoas costumam viver mais de cem anos em Bama. O ar puríssimo da cordilheira e a água santa de um rio alivia as dores do corpo, renova a mente, rejuvenesce o corpo, recupera a vitalidade das pessoas. Basta passar apenas uns dias em Bama para os velhinhos ficarem ouriçados, em plena forma. Cheios de gás.
Por isso, não é à toa que Bama passou a ser conhecida como o refúgio dos milagres. Anualmente, mais de dois milhões de visitantes procuram Bama em turismo médico. A curiosidade é que na aldeia moram apenas 270 mil habitantes, dos quais, 82 são pessoas comprovadamente centenárias.
Então, para não perder o interesse de visitantes, os habitantes centenários de Bama guardam o segredo da vida longa a sete chaves, justamente para tirar proveito dos lucrativos roteiros turísticos de saúde. Bastante procurados naquele recanto chinês.