WELLINGTON VICENTE - GLOSAS AO VENTO

A MARRETA DA MORTE

A marreta da morte é tão pesada
Que a pedreira da vida não agüenta.

Mote de autor desconhecido (enviado por Laci Chaves)

Quando o tempo alinha os seus ponteiros
E o destino determina aquela hora
A esposa lamenta o filho chora
Ficam tristes os inúmeros companheiros
Mas aí já passaram alguns janeiros
Podem ser vinte, trinta, até noventa
Quando a corda do relógio se arrebenta
É porque terminou nossa jornada
A marreta da morte é tão pesada
Que a pedreira da vida não agüenta.

Independe de nível social
Pode ser rico, pobre, branco ou preto
Não existe simpatia ou amuleto
Que consiga desviar deste final
Se na vida foste bom, simples, leal
A balança das virtudes acrescenta,
Ao contrário, o Arcanjo só lamenta
Fica triste, mas não pode fazer nada
A marreta da morte é tão pesada
Que a pedreira da vida não agüenta.

DEU NO X

RLIPPI CARTOONS

MAURÍCIO ASSUERO - PARE, OLHE E ESCUTE

MAIS DO MESMO

Mês passado meu texto – De Goela abaixo – falava da imposição de coisas que estão nos fazendo diariamente nesse país. Queria muito voltar a falar de Economia, de comentar os indicadores financeiros que foram gerados sob a batuta de Paulo Guedes e de tantas outras coisas que se constituíram como ações importantes dentre as quais a inserção do Brasil na OCED que é um grupo de 37 países mais ricos do mundo. O Brasil estava avançando na pauta para entrar nesse seleto grupo, com mais de 50% de compromissos já firmados e cumpridos. Hoje, o país avança na puta…ria.

O governo atual chutou o pau da barraca e deixou claro que não quer a companhia dos ricos e que prefere a miserabilidade dos pobres. Importante dizer: não é vergonha nenhuma em ser pobre e quando falo aqui eu estou me referindo, exclusivamente, as condições de vida desses países ricos, onde um pobre lá é duzentas mil vezes melhor do que um pobre aqui. Lá existem políticas públicas voltadas para atender a população carente. Aqui existem políticas eleitoreiras.

Diariamente a gente vê uma ação do governo que afronta a dignidade humana e quando falo em governo não me refiro ao desgraçado que senta na cadeira presidencial, mas ao gabinete. Governo é um gabinete, não uma pessoa. Se a gente for coletar o que este governo atual faz… digo com toda sinceridade: é um teste para qualquer coração, para qualquer organismo honesto. Algo como: “quem suporta isso aí, tem uma saúde de ferro”.

O governo beira a anarquia em nome de uma minoria que querem, a força, transformar em maioria. A porra da Constituição diz que “todos são iguais perante a lei”, mas as ações governamentais vão na direção de que alguns devem ser melhores do que outros. Não sou contra nenhuma etnia, não tem preconceito de cor – a família de minha mãe é negra – tenho alunos que são gays, participei de um programa do governo – quando jovem estudante de Matemática – para dar aula a presidiários e meus alunos eram ladrões, assassinos, estelionatários, traficantes, etc. e os tratei como alunos. Nunca fiz qualquer julgamento de suas ações porque isso cabia à justiça fazer e não a mim. Um detalhe: havia alunos presos por atentados ao pudor, mas o único caso de estupro que eu conheci foi de um vigilante de uma escola, em Olinda, que violentou uma criança de oito anos, asfixiou e introduziu um pedaço de pau de goiabeira na vagina da criança. Esse cara vivia isolado porque os demais presos queriam matá-lo.

Quando falo sobre uma minoria, não me refiro aos pobres que neste país, assim como em outros, são maioria. A minoria que me refiro é, por exemplo, a quantidade de bandidos que tem esse país. Um percentual muito pequeno dos duzentos e três milhões de brasileiros são bandidos e a turma dos direitos humanos focam essa minoria esquecendo o restante da população. É como se você tivesse um saco com cem laranjas, das quais 5 são podres e ao invés de tirá-las do saco para fazer um suco de boa qualidade, você obrigar que elas permaneçam ali apenas porque elas têm o direito de virar suco. E de laranja podre em laranja podre, aqueles que desejam um suco de qualidade vão ter que engolir. Os desmandos são muitos.

A falência moral desse estado se abriu de vez com essa volta desse bandido infeliz à presidência. Eu tenho dificuldades em entender certas medidas adotadas, mas talvez seja apenas uma fuga para reconhecer que não temos chance de transformar esse país num país sério. Quem acredita, apela para a questão da evolução espiritual, ou seja, seria necessário um cataclismo que depurasse o país tirando do ar aqueles que moralmente não se adequaram. Francamente, eu não gostaria de ver esses bandidos pagando sua pena diante do “Criador”. Gostaria, imensamente, que essa pena fosse paga aqui para servir de exemplo e coibir o surgimento de outros bandidos.

Enquanto isso, o estado continua falhando nas suas prerrogativas de ser estado, de trabalhar para defender o bem estar social das pessoas. A morte dos médicos no Rio de Janeiro é uma falha grave, mais uma falha grave, do estado de defender seus cidadãos. A ação dos traficantes de executar os assassinos antes mesmo da polícia iniciar as investigações é a pura constatação de um poder paralelo muito mais aparelhado e capaz do que as instituições formais. Como os traficantes chegaram aos nomes dos assassinos? Como os localizaram – juntos – em menos de 24 horas? Que rede de informação poderosa é essa? O que está por trás dessa capacidade? Infelizmente, a certeza de que nós somos alvos claros e que qualquer um de nós pode ser vítima na hora que bandidagem bem escolher. Eles sabem onde estamos e as instituições organizadas para nos defender parece não ter nem ideia de quem são essas pessoas.

Não para por ai: rombo de R$ 154 bilhões nas contas públicas quando o ano passado tivemos superavit; multa para Uber de R$ 1 bilhão e o jumento do ministro do trabalho dizer “se a uber quer sair do país, que saia. A gente acha outra para substituir”. Eu desafio essa anta de dizer qual empresa teria interesse em operar um sistema de aplicativo sabendo que terá que contratar cada prestador de serviços. Esses filhos da puta estão acabando com esse país. Economia é assim: basta um evento simples para derrubar a economia, mas a recuperação é lenta e gradual. É como um prédio: implodir é bastante rápido, reconstruir é outra coisa. Numa entrevista sobre a economia brasileira com a pandemia eu disse que eram necessários, pelo menos, dez anos para gente voltar ao nível de emprego, produção e preços ideais. Agora precisaremos de vinte.

Enquanto isso não acontece a gente vai batendo o cu. Se num evento oficial do ministério da saúde dançaram o Bate Cu, acredito que essa é a mensagem formal que o governo quer passar: tá com problema de saúde? Bate o cu. Não posso terminar sem agradecer aos caras que votaram nesse bandido e/ou que permitiram a volta desse bandido.

DEU NO JORNAL

A CATÁSTROFE ARGENTINA E A MÃO AMIGA DE LULA

Editorial Gazeta do Povo

Lula - Alberto Fernández - Argentina - Brasil - PT -

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da Argentina, Alberto Fernández

Uma guerra de versões está em curso, diante de uma forcinha amiga dada pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) a uma Argentina em frangalhos, e que vive um acirrado processo eleitoral. O que há de certo é o fato de o banco ter emprestado US$ 1 bilhão ao governo de Alberto Fernández, embora a Argentina já tivesse atingido o seu limite de crédito dentro da instituição; por isso, a operação extraordinária precisaria ser aprovada pelos países-membros – apenas o Peru se opôs. O dinheiro era necessário para que os argentinos quitassem parte de sua dívida com o Fundo Monetário Internacional e, assim, tivessem liberado um novo desembolso do FMI, de outros US$ 7,5 bilhões.

A controvérsia surgiu com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo publicada na noite de 3 de outubro, afirmando que a operação, ocorrida em agosto, se deu após a interferência direta do presidente Lula. O petista teria telefonado para a ministra do Planejamento, Simone Tebet, que também representa o Brasil no CAF, para que ela trabalhasse em favor do chamado “empréstimo-ponte”. Como o país tem mais de um terço de todo o capital do CAF, exerce enorme influência nas decisões do banco. Ato contínuo, Tebet negou qualquer ação da parte de Lula, embora fosse inegável que o acesso a mais recursos cairia como uma luva para os peronistas de esquerda que governam a Argentina e, especialmente, para o ministro da Economia, Sergio Massa, o candidato governista à Casa Rosada, que conta com o apoio dos petistas.

A suposta interferência de Lula é o tipo de episódio que, como dizem os italianos, se non è vero, è ben trovato. Afinal, ainda que neste caso não tenha havido o telefonema presidencial, uma ação como esta casaria perfeitamente com o modus operandi de Lula, que, no governo ou fora dele, jamais se recusou a colaborar com seus camaradas ideológicos latino-americanos que disputavam os cargos máximos de seus países. Os vídeos de apoio a Gustavo Petro na Colômbia, Gabriel Boric no Chile e Xiomara Castro em Honduras são o de menos em comparação com o “empréstimo” do marqueteiro João Santana a Hugo Chávez e Nicolás Maduro – a Operação Lava Jato apurou que o publicitário era pago com recursos da empreiteira Odebrecht, que tinha negócios na Venezuela. Desde que iniciou seu terceiro mandato, Lula já deu várias demonstrações de camaradagem em relação à Argentina, incluindo a indicação do país para compor os Brics.

Os bilhões do FMI são essenciais para que, nesta reta final da campanha – o primeiro turno das eleições está marcado para o dia 22 –, o ministro Massa continue a operar na quinta marcha do populismo. Os últimos meses foram marcados por inúmeros anúncios de bônus em dinheiro para várias categorias como aposentados e desempregados, facilitação do acesso ao crédito, ampliação da faixa de isenção do imposto de renda e aumento nos valores dos programas sociais. Todo esse dinheiro sem lastro que entra na economia argentina tem um único efeito: agravar a inflação galopante, que no acumulado de 12 meses até agosto chegou a 124,4%.

Distribuir dinheiro para que a população ignore temporariamente a inflação causada justamente pelas políticas fiscais irresponsáveis é tudo o que resta a um candidato que disputa acirradamente votos com o libertário Javier Milei (líder na maioria das pesquisas) e a candidata de centro-direita Patricia Bullrich. Até agora, nenhuma das pesquisas que trazem cenários de um segundo turno com a presença do esquerdista lhe são favoráveis: Massa perderia tanto para Milei quanto para Bullrich. O libertário reagiu à notícia de que Lula teria agido nos bastidores para facilitar o empréstimo do FMI, e também foi à Justiça para impedir que o governo amplie gastos que comprometam as contas públicas.

Independentemente de quem saia vencedor do pleito, o futuro presidente receberá de Fernández um país que gastou tudo, o que tinha e o que não tinha, para perpetuar o projeto de poder do peronismo de esquerda, e com isso deixou que a inflação escapasse completamente do controle e que a pobreza se tornasse endêmica. Isto é um alerta para o Brasil: por mais que o Estado brasileiro não seja tão inchado quanto o argentino, e que tenhamos mais ferramentas de controle do gasto público – embora elas já tenham sido melhores –, olhar para a Argentina é ver como a mentalidade do “gasto é vida” elevada à enésima potência arruinou uma nação que já esteve entre as mais ricas do mundo.

JOSÉ DOMINGOS BRITO - MEMORIAL

OS BRASILEIROS: Paula Brito

Francisco de Paula Brito nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 2/12/1809. Escritor, jornalista, poeta, dramaturgo, atiivista político, tradutor, pioneiro da editoração no Brasil e pioneiro também ao colocar a questão do racismo na ordem do dia, i.é, na imprensa, com o lançamento da revista “Um homem de cor”.

Filho de Maria Joaquina da Conceição Brito e do carpinteiro Jacinto Antunes Duarte. Enquanto jovem, trabalhou como ajudante de farmácia, aprendiz de tipógrafo na Tipografia Nacional e, mais tarde, no Jornal do Comércio, como diretor das prensas, tradutor e contista. Em 1830 casou-se com Rufina Rodrigues da Costa e no ano seguinte adquiriu uma pequena loja na Praça da Constituição, onde funcionava uma papelaria e oficina de encadernação.

Aí tem início sua “Typographia Fluminense”, na Rua da Constituição, onde instalou um prelo e passa a trabalhar como impressor. Em 1833 abriu mais uma tipografia na mesma rua e começa a expandir seu negócio. Parecia um misto de livraria, gráfica e editora frequentada por ilustres literatos. Empregou o poeta Casimiro de Abreu e o jovem Machado de Assis, que começou como revisor de provas e teve seus primeiros textos publicados ali mesmo. Pouco depois foi criada na editora a “Sociedade Petalógica”, onde se “discutia” a mentira, a lorota etc. Era uma agremiação dedicada ao lazer dos intelectuais frequentadores da livraria.

Mais tarde, Machado escreveu: “Lá se discutia de tudo, desde a retirada de um ministro até a pirueta da dançarina da moda, desde o dó do peito de Tamberlick até os discursos do Marquês do Paraná”. Na condição de mulato e jornalista atuou na defesa dos afrodescendentes. Publicou o periódico O Homem de Cor, entre 14 de setembro e 4 de novembro de 1833, o primeiro jornal dedicado a luta contra o preconceito racial. Com isso dá início à imprensa negra no Brasil. De sua livraria/editora saíram livros como O juiz de paz na roça (1838), A festa e a família na roça (1840), de Martins Pena; Antonio José ou o poeta e a inquisição (1839), de Gonçalves de Magalhães.

Além de editor, também escreveu e foi um dos precursores do conto brasileiro, tais como O enjeitado, A mãe-irmã e A revolução póstuma, publicados em 1839. Assim, ele desempenhou relevante papel na promoção da leitura no País, onde o livro era considerado produto clandestino poucos anos antes. Estimulou a escrita de romances, através de outro mulato – Teixeira e Souza -, que foi pioneiro no gênero com o livro O filho do pescador (1843). Suas publicações -ao contrário do que ocorria na época, com textos sobre administração, política e informações práticas- dirigiam-se mais ao leitor comum, fruto das marcantes mudanças ocorridas no Brasil entre a Independência e a maioridade de Dom Pedro II,

Em 2/12/1850 criou a Imperial Typographia Dous de Dezembro, data de seu aniversário e de D. Pedro II, que se tornou seu acionista, num patrocínio movido mais por caráter pessoal do que político. O Imperador admirava seu empenho em estimular os escritores brasileiros. Foi o primeiro editor de Machado de Assis, tornando-se seu amigo e indicando o jovem cronista para trabalhar na Tipografia Nacional, em 1856, sob a direção de Manuel Antônio de Almeida. No período 1849-1861 editou o periódico A Marmota, um folhetim satírico e noticioso, junto com o polêmico jornalista baiano Próspero Ribeiro Diniz. Foi um importante veículo, contando com a colaboração assídua de Machado de Assis no período 1855-1861.

Faleceu em 5/12/1861 e pouco depois Machado prestou-lhe homenagem com uma crônica em sua coluna no Diário do Rio de Janeiro: “pelas suas virtudes sociais e políticas, por sua inteligência e amor ao trabalho, o que levou a alcançar com louvor a estima geral…Tinha fé nas suas crenças políticas, acreditava sinceramente nos resultados da aplicação delas; tolerante, não fazia injustiça aos seus adversários; sincero, nunca transigiu com eles”. Tornou-se o livreiro preferido pela elite intelectual do Rio de Janeiro e o principal editor da época

A editora de Paula Brito lançou 372 publicações. Sua vida e legado na editoração brasileira podem ser contemplados na biografia – Vida e obra de Paula Brito – escrita por Eunice Ribeiro Gondim e publicada pela Livraria Brasiliana Editora, em 1965. Ocupa lugar de destaque na História do livro no Brasil.

DEU NO X

RLIPPI CARTOONS

FERNANDO ANTÔNIO GONÇALVES - SEM OXENTES NEM MAIS OU MENOS

PENSAR BEM PARA ENXERGAR MELHOR

Conheço muitos metidos a formados que opinam sem um mínimo de consistência lógica, até irracionalmente, se imaginando o ó-do-borogodó, sem concorrentes nos seus derredores sociais, confundindo educação com escola, religião com espiritualidade, vida em sociedade com informes pífios nas redes sociais.

Pessoalmente, considero curioso o fato de uma figura como Frei Caneca ser tão pouco enaltecido nesta época de muito incipiente democracia como a nossa. Do frade carmelita guardo alguns dos seus pensamentos, encarecendo mil réis de reflexão dos ainda não contaminados pelo idioticus vírus do liberaloidismo dos que não saben diferenciar Obra Prima do Mestre Picasso e a Pica de Aço do Mestre de Obra. Duas amostras: a. “É detestável a máxima de obediência cega do soldado em todas e quaisquer circunstâncias.”; b. “Ideias velhas não podem reger o mundo novo.” Sou um admirador de carteirinha do tenaz Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo e Caneca, , que muito intensamente sabia respeitar a roxidão do seu aquilo, progenitor de algumas “sobrinhas”.

Ultimamente, muito gostaria de enviar para todos os pensantes deste Brasil ainda pouco acabado, alguns BC – Balizamentos Cidadanizadores capazes de fortalecer uma CPNR – Caminhada Pensante Não Ruminante, sementes de uma pós-modernidade que necessita ser amplamente libertária, jamais liberticida. Ei-las, sem qualquer ordem de grandeza:

– O pior envelhecimento é o mental. Conheço jovens com cucas velhas e idosos com ideários luzidios.

– A pior praga do setor público brasileiro é a burocracia. Para toda burocracia, genialidade é aberração. Todo burocrata acredita em algumas infalibilidades administrativas, entre as quais a de que quanto melhores os sistemas de controle melhor a qualidade da produção. O ideal de todo espírito burocrático é transformar todos em ninguém.

– O papel de todo intelectual deveria ser o de conquistar novas funções, muitas delas apenas parcialmente intelectivas. Isso para continuamente libertar a inteligência tornando-a inventiva, apta para a denúncia, o combate e as propostas de reformatação do todo, desvencilhando-se dos mantos protetores dos adiamentos, inserindo-se entre os que postulam uma ordem social mais humana e mais justa, democrática por excelência para todos.

– Conscientização é um compromisso histórico, é tomar posse de uma realidade concreta, postulando uma utopia que exige sólidos conhecimentos críticos. Conscientizado é todo aquele que vai para o diálogo com o sentimento de ser parcela, permanentemente percebendo-se inconcluso.

– Costuma dividir-se a classe docente em três grandes categorias: a dos instrutores, a dos professores e a dos educadores. Ser educador é preparar, preparando-se também, para um juízo crítico das alternativas propostas através de um processo essencialmente interativo.

– Todo ser humano alienado é nostálgico, um descomprometido com o seu derredor. E o lamentável é que todo alienado, por não ter consciência disso, continua praticando os mesmos atos que o vitimaram, sempre buscando outras pessoas para também vitimar.

– Há uma necessidade urgente de se repensar o todo brasileiro, possibilitando-se a criação de um integrador projeto nacional, os esforços voltados para as diferenças e não para as semelhanças, para a criatividade e nunca para a mera reprodução.de passados.

– Uma universidade somente sobreviverá, no atual século, se um nível de convivialidade entre os especialistas das áreas mais diversas for alcançado. Um docente que se preze não pode ser um especialista destituído de consistente cultura geral, como também não pode ser um generalista superficial.

– São apenas quatro os mandamentos da religião tecnocrática: a) só é justo o poder exercido em nome do saber; b) saber, só o conhecimento técnico-científico; c) o poder é exercido acima das paixões e das ilusões; d) o saber técnico-científico é a única fonte capaz de fornecer os critérios e os métodos de decisão.

Para tanto, algumas diretrizes indispensáveis:

– Só há uma maneira de andar para frente à beira do abismo: é dar um passo trás (Michel de Montaigne)

– Se você não quer repetir o passado, estude-o. (Spinoza)

– Aquele que tem um porquê para viver pode entender todos os comos. (Nietzsche)

No mais é seguir adiante, sempre olhando para frente, solidário com toda nossa gente.

PENINHA - DICA MUSICAL